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Angelo Mestriner - Advocacia e Consultoria

Como o cônjuge sobrevivente, casado sob o regime da comunhão parcial de bens, se posiciona na partilha da herança de bens particulares?

Última atualização:
Escrito por: Angelo Mestriner

A sucessão patrimonial após o falecimento de um ente querido é um processo complexo, influenciado por diversos fatores, incluindo o regime de casamento adotado e a natureza dos bens deixados.

Portanto, em momentos de perda, entender os direitos sucessórios pode ser um desafio. Uma questão crucial se refere como o cônjuge sobrevivente, casado sob o regime da comunhão parcial de bens, se posiciona na partilha da herança?

De acordo com a Segunda Seção do STJ (Julgamento do REsp 1368123 SP 2012/0103103-3) o cônjuge sobrevivente tem direito de concorrer com os descendentes na herança, mas apenas em relação aos bens particulares deixados pelo falecido. Este entendimento, que alinha-se ao Enunciado 270 da III Jornada de Direito Civil, esclarece dúvidas e uniformiza interpretações anteriores sobre o tema.

O coração da decisão proferida pelo STJ reside na análise do artigo 1.829 do Código Civil. Ele estabelece que, dependendo do regime de bens do casamento, o cônjuge sobrevivente pode ter o direito de participar da herança juntamente com os descendentes. Especificamente, esse direito aplica-se aos bens adquiridos pelo falecido antes do casamento ou de forma independente, os chamados "bens particulares".

Este cenário jurídico foi exemplificado em um caso emblemático, onde um viúvo lutava pelo reconhecimento de seus direitos sobre um imóvel construído durante o casamento em um terreno já pertencente à sua esposa antes de se casarem. O STJ decidiu a favor do viúvo, enfatizando seu direito à meação e à herança dos bens particulares.

Esta decisão destaca a importância de entender os regimes de casamento e como eles impactam a sucessão. Se você está passando por uma situação de herança ou deseja planejar seu futuro, é crucial conhecer seus direitos e como as leis funcionam a seu favor.

Nesse sentido, o regime de casamento é um elemento crucial nesta discussão. Cada regime possui regras específicas sobre a divisão de bens durante o casamento e após a morte de um dos cônjuges.

No regime da comunhão parcial de bens, por exemplo, apenas os bens adquiridos durante o casamento são considerados comuns, enquanto os bens particulares, aqueles adquiridos antes do casamento ou por doação e herança, não se comunicam.

Isso levanta uma questão importante: a preparação e planejamento prévios podem influenciar significativamente o processo de sucessão.

Ferramentas como o pacto antenupcial e o testamento permitem que indivíduos estabeleçam claramente a distribuição de seus bens, refletindo suas vontades e proporcionando tranquilidade para seus familiares.

Para os herdeiros, compreender seus direitos é fundamental. A legislação brasileira estabelece regras específicas para a divisão da herança, priorizando a proteção de certos herdeiros e assegurando a justa distribuição dos bens.

No entanto, conhecer a origem dos bens e o regime de casamento aplicável pode revelar nuances importantes sobre a elegibilidade para recebimento da herança e a proporção devida.

Este panorama legal reforça a importância de uma assessoria jurídica competente em momentos de luto e transição. O direito sucessório é um campo complexo, com nuances que podem impactar significativamente a distribuição da herança.

Uma orientação especializada pode esclarecer dúvidas, ajudar na tomada de decisões informadas e garantir que os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados, conforme as intenções do falecido e a legislação vigente.

A sucessão é um processo que envolve não apenas o reconhecimento dos direitos hereditários, mas também a realização das últimas vontades do ente querido. Por isso, entender os aspectos legais envolvidos e buscar orientação jurídica adequada é essencial para navegar por este momento com clareza e segurança.

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