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Imóvel Comprado com Herança: Saiba Como Evitar Surpresas na Partilha em caso de Divórcio ou Inventário

Última atualização:
Escrito por: Angelo Mestriner

Adquirir um imóvel com recursos provenientes de herança pode levantar diversas dúvidas, especialmente quando a escritura do imóvel não menciona a cláusula de subrogação. Mas o que acontece com esse bem em caso de divórcio ou falecimento? A resposta pode variar significativamente, dependendo do regime de bens adotado pelo casal e de outros fatores jurídicos.

O Que É a Cláusula de Subrogação?

A cláusula de subrogação é uma proteção legal que assegura que um bem adquirido com dinheiro de herança seja considerado particular, ou seja, não fará parte do patrimônio comum do casal, mesmo que tenha sido adquirido durante o casamento. Para que seus efeitos sejam plenamente reconhecidos, essa cláusula deve estar expressamente mencionada na escritura do imóvel.

Vamos considerar um exemplo: Imagine um casal casado sob o regime de comunhão parcial de bens. Durante o casamento, o marido usa o dinheiro de uma herança para comprar um imóvel, mas a escritura não faz referência à cláusula de subrogação. Anos depois, o casal decide se divorciar.

Sem a cláusula de subrogação, o imóvel pode ser interpretado como parte do patrimônio comum. Nesse caso, o valor do bem seria dividido entre os dois, mesmo que os recursos utilizados para a compra tenham vindo exclusivamente da herança do marido.

No contexto de falecimento, a situação muda um pouco. No regime de comunhão parcial de bens, se o imóvel for considerado um bem comum, o cônjuge sobrevivente terá direito à meação, ou seja, à metade do imóvel, enquanto a outra metade será partilhada entre os herdeiros.

E Se Não Houver a Cláusula de Subrogação?

A ausência da cláusula de subrogação na escritura pode levar à interpretação de que o imóvel foi integrado ao patrimônio comum do casal, especialmente nos regimes de comunhão parcial de bens.

Isso significa que, em caso de separação, o bem poderia ser partilhado entre os cônjuges, mesmo que o dinheiro usado para a compra tenha vindo de uma herança.

Em caso de falecimento, o cônjuge sobrevivente será herdeiro e concorrerá com os demais herdeiros na partilha do bem.

A Rastreabilidade dos Recursos: Uma Alternativa à Cláusula de Subrogação

Mesmo que a escritura do imóvel não contenha a cláusula de subrogação, ainda é possível que o bem seja reconhecido como particular se for comprovada a rastreabilidade dos recursos utilizados para a sua aquisição.

Em termos práticos, isso significa que, ao demonstrar de forma clara e documentada que o dinheiro da herança foi diretamente empregado na compra do imóvel, o juiz pode decidir que o bem deve ser tratado como se tivesse a cláusula de subrogação.

Essa possibilidade oferece uma proteção adicional para quem adquiriu um imóvel com recursos de herança, mas não incluiu a cláusula de subrogação na escritura. A prova documental, como extratos bancários ou outros registros financeiros, é essencial para estabelecer essa rastreabilidade e assegurar a discussão jurídica se bem será considerado parte do patrimônio comum do casal ou não.

Conclusão

Ao adquirir um imóvel com recursos de herança, é essencial garantir que a escritura inclua a cláusula de subrogação para proteger o bem de uma eventual partilha. Caso o imóvel tenha sido adquirido sem essa cláusula, ainda existem alternativas jurídicas que podem ser exploradas para resguardar seus direitos. A assessoria de um advogado especializado pode fazer toda a diferença na preservação do seu patrimônio.

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