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Angelo Mestriner - Advocacia e Consultoria

Reconhecimento de Paternidade: Perguntas Frequentes

O reconhecimento de paternidade é um ato jurídico que estabelece oficialmente o vínculo entre pai e filho, garantindo direitos, deveres e dignidade à relação familiar. Mas muitas pessoas não sabem como esse processo funciona — seja em casos voluntários ou quando é necessário acionar a justiça. Esta página reúne as dúvidas mais frequentes sobre reconhecimento de paternidade com base na experiência do escritório em ações judiciais, abordando desde o procedimento em cartório até a via judicial, os efeitos do registro, a possibilidade de multiparentalidade e o que fazer em casos de ausência do pai biológico.

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O escritório de advocacia do Dr. Angelo Mestriner oferece atendimento jurídico completo em casos de reconhecimento voluntário ou judicial de paternidade, com orientação clara e suporte técnico durante todo o processo.

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O que é o reconhecimento de paternidade e como ele pode ser feito?

O reconhecimento de paternidade é um processo importante e pode ser realizado de duas formas principais: voluntariamente ou por via judicial.

Reconhecimento Voluntário de Paternidade: Este tipo de reconhecimento é feito de forma espontânea pelo pai e pode ocorrer de diversas maneiras:

  • No Registro de Nascimento: O pai pode reconhecer a paternidade diretamente no ato de registro de nascimento da criança;
  • Por Escritura Pública ou Termo Particular: Este método envolve a formalização do reconhecimento em um documento legal;
  • Através de Testamento: O pai pode declarar a paternidade em seu testamento.

Reconhecimento Judicial de Paternidade: Em situações onde não há um reconhecimento voluntário, pode-se recorrer ao processo judicial. Este caminho é necessário nos seguintes casos:

É possível revogar ou anular o reconhecimento de paternidade?

Sim, é possível revogar ou anular o reconhecimento de paternidade, mas o processo é complexo e requer condições específicas.

Para que um pai possa anular o reconhecimento de paternidade, ele deve demonstrar que houve um vício na formação do ato jurídico. Isso pode incluir coação, dolo, simulação ou fraude. Além disso, é necessário que não exista um vínculo afetivo estabelecido.

O procedimento para a anulação do reconhecimento de paternidade não é simples e deve ser conduzido perante o Poder Judiciário. Isso significa que o interessado deve contratar um advogado para entrar com a ação judicial adequada. A ação visa a retificação do registro civil para remover a paternidade reconhecida indevidamente.

Este processo judicial é necessário porque a anulação do reconhecimento de paternidade tem sérias implicações legais. Portanto, a lei exige um exame cuidadoso das circunstâncias e das evidências apresentadas para garantir que os direitos de todas as partes envolvidas sejam protegidos.

Em resumo, enquanto é tecnicamente possível anular um reconhecimento de paternidade, é um processo que requer uma justificação legal sólida e a intervenção do sistema judiciário.

Se um homem descobre que não é o pai biológico após o registro de paternidade, ele tem direito de cancelar esse registro?

Depende. À semelhança da pergunta anterior, ainda que o pai registral demonstre vício na constituição do ato jurídico (coação, dolo, simulação ou fraude), é necessário também demonstrar a inexistência de vínculo afetivo.

Quais são os requisitos legais para que um homem enganado possa cancelar o registro de paternidade?

Na legislação brasileira, para que um homem possa cancelar o registro de paternidade quando enganado, é necessário seguir um processo judicial complexo que começa com a comprovação de engano ou erro na atribuição da paternidade, normalmente por meio de teste de DNA que mostra a não paternidade biológica.

Além disso, é preciso demonstrar vícios no ato jurídico de reconhecimento da paternidade, como fraude, dolo, coação ou simulação, indicando que houve erro na forma de reconhecimento ou que o homem foi levado ao erro sob falsas premissas.

Também se considera a existência ou não de vínculo afetivo entre o pai registral e a criança, com tribunais avaliando a relação estabelecida, pois mesmo que não haja laço biológico, a manutenção do registro pode ser decidida se houver forte vínculo afetivo, refletindo o princípio do melhor interesse da criança no direito brasileiro.

O processo judicial requer ação específica perante o Poder Judiciário.

Os prazos para contestar a paternidade são definidos pela legislação e devem ser observados, enfatizando-se as implicações legais e sociais da ação, principalmente no que diz respeito aos direitos e ao bem-estar da criança, pois a anulação do registro de paternidade impacta diretamente em aspectos como identidade, direitos legais, herança e pensão alimentícia da criança.

É possível anular a paternidade quando não há vínculo biológico?

A anulação da paternidade quando não há vínculo biológico é possível, mas requer que o pai registral demonstre que houve vício no ato de reconhecimento de paternidade. Esses vícios podem incluir coação, erro, dolo ou fraude.

Além disso, a inexistência de um vínculo afetivo entre o pai registral e a criança é um fator crucial.

O processo envolve procedimentos legais complexos e, frequentemente, a necessidade de representação legal por meio de um advogado.

É importante notar que o bem-estar da criança é um aspecto central na consideração dos tribunais ao decidir sobre tais casos.

Como funciona o processo de teste de DNA para o reconhecimento de paternidade?

O processo de teste de DNA para o reconhecimento de paternidade envolve a coleta e análise de amostras genéticas do suposto pai e da criança. As amostras são analisadas em um laboratório para comparar marcadores genéticos específicos. Se os perfis genéticos combinarem significativamente, isso indica uma relação biológica de paternidade.

No Estado de São Paulo, esses testes são frequentemente realizados pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC).

O IMESC é responsável por fornecer laudos periciais de DNA em casos de investigação de paternidade, seguindo procedimentos rigorosos para garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados. Em processos judiciais, o resultado do teste de DNA é uma prova importante para estabelecer ou refutar uma alegação de paternidade.

É possível reconhecer a paternidade em favor do filho maior de idade?

Sim, é possível reconhecer a paternidade de um filho adulto.

O reconhecimento pode ser realizado de forma espontânea, com a manifestação expressa de concordância do filho maior, por meio de uma escritura pública ou termo no registro civil.

Alternativamente, pode ser feito judicialmente, por meio de uma ação de investigação de paternidade, se houver necessidade de comprovação.

Em ambos os casos, o processo reconhece formalmente a relação paternal e pode ter implicações legais significativas, como herança e direitos sucessórios.

É possível reconhecer a paternidade em favor do filho falecido?

Sim, é possível reconhecer a paternidade de um filho falecido, desde que ele tenha deixado descendentes. Esse reconhecimento é importante para questões de herança e direitos sucessórios dos descendentes.

Quando um pai reconhece a paternidade de um filho falecido, os netos (descendentes do filho) podem reivindicar direitos legais e benefícios relacionados à linhagem familiar, como heranças, pensões e direitos a nome de família.

O reconhecimento pós-morte também tem relevância em termos de registro civil e história familiar.

O reconhecimento de paternidade pode ser feito para alguém já falecido?

Sim, o reconhecimento de paternidade pode ser realizado mesmo após a morte do suposto pai. Isso geralmente envolve uma ação judicial, onde podem ser apresentadas provas como testemunhos, documentos e, em certos casos, testes de DNA.

É possível reconhecer a paternidade por testamento?

Sim, é possível reconhecer a paternidade através de um testamento.

Esse tipo de reconhecimento é um ato voluntário do testador e mantém sua validade independentemente da validade do próprio testamento. Isso significa que, mesmo que o testamento seja posteriormente anulado ou declarado inválido por outros motivos, o reconhecimento de paternidade nele contido permanece eficaz.

Esta é uma forma de assegurar os direitos da criança reconhecida, incluindo direitos sucessórios e de identidade familiar, independentemente das circunstâncias do testamento.

A presença do pai biológico na certidão de nascimento interfere no reconhecimento da paternidade socioafetiva?

Não. Recentemente, os Tribunais têm expandido a visão sobre a paternidade socioafetiva, reconhecendo que ser pai vai além da biologia. Este entendimento levou à introdução do conceito de multiparentalidade no contexto familiar.

Multiparentalidade permite que o registro de nascimento de uma criança inclua o nome de mais de um pai ou mais de uma mãe, refletindo a complexidade das relações familiares modernas.

O objetivo principal é proteger o melhor interesse da família, fortalecendo-a conforme os princípios da Constituição Federal.

Contudo, é importante tratar cada caso com cautela para preservar a integridade do conceito. Por exemplo, não se deve automaticamente atribuir a paternidade ou maternidade socioafetiva a padrastos ou madrastas apenas por serem carinhosos e atenciosos com os filhos de seus companheiros ou companheiras.

A existência de vínculo socioafetivo com o pai registral impede o reconhecimento da paternidade biológica?

Não, a presença de um vínculo socioafetivo com o pai registral não impede o reconhecimento da paternidade biológica. O direito de uma pessoa de reivindicar e reconhecer sua paternidade biológica é um direito personalíssimo, intrínseco à sua identidade.

Assim, mesmo que um indivíduo tenha sido registrado por outra pessoa, não se exclui a possibilidade de buscar e reconhecer seu pai biológico.

É importante notar que essa busca pelo pai biológico não implica necessariamente a ruptura do laço socioafetivo com o pai registral.

Em muitos casos, o ordenamento jurídico permite que o registro de nascimento seja adaptado para refletir ambos os vínculos, o biológico e o socioafetivo, garantindo assim o melhor interesse da criança ou do indivíduo. Esta abordagem reconhece a complexidade das relações familiares e o direito de cada pessoa a conhecer sua origem biológica sem perder os laços afetivos existentes.

Existe diferença no reconhecimento de paternidade entre filhos biológicos e adotivos?

Na prática, há diferenças no processo de reconhecimento de paternidade entre filhos biológicos e adotivos.

Para filhos biológicos, o reconhecimento pode ser feito diretamente no registro de nascimento, por declaração espontânea ou por meio de ação judicial. Já para filhos adotivos, o reconhecimento se dá através do processo de adoção, que é formalizado judicialmente e confere ao adotado todos os direitos de um filho biológico.

Após a adoção, legalmente, não há distinção entre filhos biológicos e adotivos, garantindo a eles iguais direitos e responsabilidades familiares.

Pais adotivos podem ser reconhecidos como pais socioafetivos?

Sim, pais adotivos podem ser reconhecidos como pais socioafetivos.

Na adoção, o vínculo legal e afetivo é estabelecido formalmente, e os pais adotivos passam a ter os mesmos direitos e deveres de pais biológicos.

Este vínculo é baseado no afeto e na responsabilidade parental, refletindo a natureza da paternidade socioafetiva. Assim, a relação entre pais adotivos e seus filhos é uma expressão clara de paternidade socioafetiva, reconhecida e protegida legalmente.

É obrigatório contratar advogado para propor em juízo o pedido de reconhecimento de paternidade?

Sim, é obrigatória a contratação de um advogado para propor em juízo o pedido de reconhecimento de paternidade.

Quanto custa uma ação de reconhecimento de paternidade?

Os custos para propositura de uma ação declaratória de paternidade socioafetiva compreendem as custas do processo e os honorários advocatícios.

As custas do processo incluem pagamento de taxas, honorários de peritos e honorários de sucumbência. Os valores estão previstos nos tribunais de justiça e variam conforme o Estado da Federação.

Já os honorários advocatícios variam de acordo com a experiência, competência e qualidade do advogado contratado, bem como a complexidade da causa, respeitando sempre o valor mínimo estabelecido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Portanto, advogados que cobram valores inferiores aos mínimos estabelecidos pela tabela da OAB podem estar agindo em desacordo com o Código de Ética da advocacia, sendo passíveis de sanções.

A tabela de honorários advocatícios pode ser consultada no site da OAB de cada Estado.

Quais são os honorários advocatícios para ajuizar uma ação de reconhecimento de paternidade?

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de cada Estado disponibiliza uma tabela com o valor mínimo que deve ser cobrado por serviços advocatícios, levando em conta a experiência, competência e complexidade da causa.

No Estado de São Paulo, em janeiro de 2023, a OAB/SP fixou como valor mínimo para propositura de uma ação de reconhecimento de paternidade o montante de R$ 10.717,25.

Recebi uma citação de uma ação de reconhecimento de paternidade. O que devo fazer?

Não se desespere, mas aja rápido para evitar eventuais problemas futuros.

A citação é o ato pelo qual uma pessoa toma ciência de que foi ajuizada uma ação contra ela para que, dentro do prazo estabelecido, possa apresentar defesa.

Uma vez citado, o réu deve apresentar sua defesa por meio de advogado. Caso não o faça, os fatos alegados pelo autor podem ser presumidos verdadeiros pelo juízo.

Por isso, ao receber uma citação, é fundamental procurar um advogado de confiança o quanto antes para garantir seus direitos e apresentar a defesa adequada.

Qual é o impacto psicológico do reconhecimento de paternidade para a criança?

O reconhecimento de paternidade pode afetar profundamente o bem-estar emocional e o senso de identidade de uma criança. Ele pode fortalecer seu sentimento de pertencimento e fornecer clareza sobre suas origens.

Por outro lado, dependendo das circunstâncias, pode também causar confusão e angústia, especialmente se envolver mudanças significativas na estrutura familiar.

Portanto, é fundamental que a criança tenha suporte emocional adequado durante esse processo, considerando sempre seu melhor interesse.

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